Arma que baleou menino estava a ser legalizada um dia antes
Os dois rapazes estavam a brincar aos cowboys depois de terem encontrado a arma. O incidente deu-se em Merelim S. Paio, Braga.
© Global Imagens
País Braga
A arma que disparou sobre Rúben Ralha, o menino de nove anos que se encontra a lutar pela vida no Hospital de S. João, no Porto, já tinha iniciado o processo de legalização, dá conta o Jornal de Notícias.
António Silva, o proprietário da arma e tio da vítima, esteve nas instalações da PSP de Braga para legalizar a arma que, menos de 24 horas depois, foi disparada acidentalmente por outra criança.
“Parece que herdou a arma de um amigo que já faleceu”, revelou à mesma publicação o presidente da Junta de Merelim S. Paio, Carmindo Soares.
O homem de 63 anos é conhecido em Merelim S. Paio por adaptar automóveis para pessoas com as mais variadas deficiências. Na oficina, os rapazes de nove e 12 anos, encontraram a arma e começaram a brincar aos cowboys.
António assumiu ser o dono da arma e vai responder pelo crime de posse ilegal de arma. Já foi constituído arguido com a medida de coação de termo e identidade de residência.
Ironicamente terá sido em virtude do processo de legalização que a arma estaria “à vista”, carregada e “sem tranca”.
Paulo Rodrigues, de 12 anos, o autor do disparo também foi transportado para o hospital mas já se encontra em casa a retomar a sua vida. “Ele tem algum receio de voltar à escola, mas também não quer ficar sozinho, sem amigos”, explicou fonte familiar.
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