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Crise de refugiados precisa de liderança mais forte dos EUA e Europa
O Aspen Ministers Fórum, que reúne ex-chefes da diplomacia, entre os quais o português Jaime Gama, defende uma liderança mais forte dos Estados Unidos e da Europa para lidar com a crise dos refugiados.
© DR
País Jaime Gama
Numa recomendação conjunta, assinada por 15 ex-ministros como a norte-americana Madeleine Albright e o alemão Joschka Fischer, o fórum considera que a raiz do problema vem do falhanço da comunidade internacional em resolver o conflito na Síria.
Os ex-ministros sublinham que os atuais fluxos de milhares de refugiados para a Europa revelam que a crise humanitária no Médio Oriente "não é um problema regional, mas uma emergência global".
Além de uma liderança mais forte por parte da Europa e dos EUA, os ex-ministros recomendam ainda que a resolução da situação passa por uma "ação coerente e coordenada que melhore significativamente o tratamento dado aos refugiados, garantindo assistência e registo".
Por outro lado, apontam que os Estados Unidos não podem pressionar os seus aliados europeus na região para fazerem um esforço maior nesta situação, sem que o próprio país aumente também o contributo.
Neste aspeto em particular consideram que os Estados Unidos poderiam receber pelo menos 100 mil refugiados sírios.
Também advogam um aumento do apoio da comunidade internacional para os refugiados sírios que se encontram nos países vizinhos, como a Jordânia, Líbano, Turquia e Iraque, cuja situação insustentável faz com que as populações arrisquem uma viagem para a Europa em busca de proteção.
Para os ex-ministros do fórum, os Estados Unidos deveriam pressionar os seus aliados na região do Golfo para aumentarem igualmente o seu apoio na região.
"Temos de ser resolutos em manter os nossos valores, e encontrar uma forma de ajudar os sírios na direção da estabilidade que precisam e da liberdade que merecem", sustenta o comunicado publicado no The Aspen Journal of Ideas.
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