A surpresa e as contradições no dia em que Sócrates saiu da cadeia
O ex-primeiro-ministro não terá pulseira eletrónica e, com a autorização judicial e controlo por parte da Direção-Geral de Reinserção Social e Serviços Prisionais, poderá sair de casa excecionalmente.
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País Operação Marquês
José Sócrates deixou ontem o Estabelecimento Prisional de Évora, para ficar em prisão domiciliária, sem pulseira eletrónica, numa casa da ex-mulher em Lisboa.
A libertação apanhou todos de surpresa, incluindo os advogados do ex-primeiro-ministro e até os guardas prisionais. Segundo o Diário de Notícias, o despacho do juiz Carlos Alexandre chegou a Évora por fax às 18h30. Uma hora e meia depois Sócrates deixava a prisão.
Para anunciar o resultado da revisão da medida de coação, a Procuradoria-Geral da República (PGR) e a Comarca de Lisboa emitiram um comunicado cada uma e acabaram por se contradizer.
Enquanto a PGR disse que a investigação permitiu reunir novas provas contra o ex-primeiro-ministro nos últimos três meses, a Comarca de Lisboa anunciou que não há “factos novos” há três meses, revela o Jornal de Notícias.
À 19H55 horas a PGR disse que “o Ministério Público promoveu a alteração da medida de coação, por considerar que, face à prova reunida desde a última reapreciação, se mostra reforçada a consolidação dos indícios, o que diminui o perigo de perturbação do inquérito”.
Pelas 21h16, o comunicado do Conselho Superior da Magistratura, órgão onde se integra o Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC) e o juiz Carlos Alexandre, dizia que não foram apresentados “factos novos, face à reapreciação efetuada em 9 de junho de 2015, pelo que foi julgado desnecessário ouvir o arguido”.
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