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"Não tenho sonhado com ele", diz GNR que matou criança em perseguição

O livro sobre o militar da GNR que em 2008 matou um rapaz de 13 anos durante uma numa perseguição policial chama-se ‘Bala Perdida’ e chega às bancas esta semana.

"Não tenho sonhado com ele", diz GNR que matou criança em perseguição
Notícias ao Minuto

09:36 - 05/09/15 por Notícias Ao Minuto

País Hugo Ernano

Hugo Ernano foi condenado por homicídio simples por negligência grosseira e esperam-lhe quatro anos de pena suspensa de prisão para cumprir, mas aquilo que mais lhe “custou a engolir”, em todo o processo, foi “receber uma sentença sem explicar onde falhou”.

Em entrevista ao Jornal de Notícias, o militar da GNR que, há sete anos, matou uma criança de 13 anos numa perseguição policial conta que o livro que chega às bancas esta semana sobre o caso, será, a partir de agora, a sua única forma de defesa.

Esgotadas todas as instâncias de recurso, sobraria o Tribunal Europeu dos Direitos do Homem, ainda que não seja possível reverter a pena de prisão, mas a instituição pede 15 mil euros para pôr o caso em julgamento e Hugo Ernano diz-se “indeciso” quanto ao próximo passo a dar.

O militar da GNR, de 36 anos, diz que a terapia, que continua a receber, o ajudou. Já quase não sonha com a criança de 13 anos que matou acidentalmente na tentativa de deter uma carrinha de assaltantes. “Não tenho sonhado com ele ultimamente”, diz sobre a criança.

Hugo Ernano revela ainda que teve de mudar de casa depois de membros da comunidade cigana terem oferecido 30 mil euros pela sua morte, como vingança pela vida que tirou.

Quando começei a receber ameaças fui ao acampamento de familiares do rapaz que matei na perseguição e disse-lhes para se meterem apenas comigo e não com a minha família”, confessou.

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