Mais do que uma vontade, acolher os refugiados é “um dever”
Ajudar os migrantes é, acima de tudo, "um dever", diz Poiares Maduro.
© Global Imagens
País Poiares Maduro
Poiares Maduro afirmou, esta tarde, que Portugal está disposto a ajudar os refugiados mas garante que não quer que o país se torne num “campo de refugiados”. Contudo, sublinhou, que é um dever os países da Europa prestarem asilo àqueles que procuram melhores condições de vida e que ao fazê-lo até podem ter benefícios.
“Não podemos emocionar-nos com as imagens e não fazer nada disso”, começou por afirmar o ministro-adjunto na SIC Notícias, acrescentando que “estamos a articular com entidades não governamentais e autarquias as condições [de acolhimento] existentes, quer no apoio imediato da sua receção como depois na sua integração”, disse, referindo, contudo, que “quer evitar a lógica dos campos refugiados”.
Poiares Maduro lembrou que os “refugiados têm direito de asilo, um direito fundamental que obriga os países da Europa a acolher as pessoas que estão nesta situação e depois a distribuir de forma solidária esse acolhimento”.
Pelo que, reiterou, a vontade de acolher os refugiados não é só uma vontade como “um dever” e ue esta constitui “um teste” aos “europeus e à nossa capacidade de sermos solidários”.
Além disso, destacou Poiares Maduro, até pode haver vantagens neste acolhimento. “Uma das ironias terríveis desta situação é que as pessoas para conseguirem recorrer a estas redes [de fuga] têm de ter dinheiro e muitas pertencem a classes médias. [Pelo que] muitas podem contribuir para ter países mais inovadores e diversos porque os países que mais abrem as portas a emigrantes são mais desenvolvidos”, atirou.
O ministro admitiu também na antena da SIC Notícias que é necessário “trabalhar ao nível dos países de origem para resolver os problemas”, mas como esses são problemas mais difíceis de resolver é necessário começar pela nossa capacidade de acolher a sociedade.
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