Existência de elevadores para acesso ao Metro é "imprescindível"
O vereador do urbanismo da Câmara de Lisboa, Manuel Salgado, disse hoje à Lusa que é "absolutamente imprescindível" a existência de elevadores dentro e até à superfície das estações do Metropolitano para garantir a acessibilidade a todos os cidadãos.
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"Infelizmente, a Câmara de Lisboa não tem jurisdição sobre o Metropolitano. Há várias situações em que não existem elevadores e que era absolutamente imprescindível", dando como exemplo a estação da Baixa-Chiado, onde existe uma plataforma elevatória para cadeiras de rodas e carrinhos de bebé no interior da estação, mas continua a faltar um elevador até à superfície que permita a mobilidade das pessoas com deficiência, criticou o autarca.
O Metropolitano de Lisboa tem prevista a construção de um elevador até à superfície no Chiado, com localização nas Escadinha do Espírito Santo, entre a rua do Crucifixo e a rua Nova do Almada.
À margem da conferência internacional TRANSED 2015 sobre acessibilidade inclusiva para todos, que decorre até sexta-feira, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, o vereador do urbanismo falou sobre o Plano de Acessibilidade Pedonal de Lisboa, que define a estratégia do município para promover a acessibilidade na cidade até ao final de 2017, numa tentativa de cumprir as obrigações legais nas questões de inclusão de pessoas com deficiência.
Este plano é "uma prioridade das prioridades na reabilitação do espaço público" para a Câmara de Lisboa, tornando a capital portuguesa numa cidade mais inclusiva.
De acordo com o vereador Manuel Salgado, "o plano está a ser executado, nomeadamente há obras que estão a decorrer", seguindo todas as recomendações no que diz respeito aos pavimentos, às passadeiras e à redução de obstáculos, nomeadamente de sinalização vertical.
"Até ao final deste ano, há outras empreitadas que vão ser lançadas", garantiu o autarca, explicando que são obras que podem integrar o programa "Uma praça em cada bairro" ou o programa "Repavimentar".
Segundo o vereador, o princípio é sempre "tornar a cidade acessível, sempre que possível alargando os passeios, colocando pavimentos confortáveis, seguros e que não sejam escorregadios". Nas zonas históricas, as obras vão ter que ser compatibilizadas com as calçadas.
A autarquia pretende criar passadeiras mais acessíveis, em que nalguns casos as passadeiras são rebaixadas para ficar ao nível da via, noutros casos as passadeiras são sobre-elevadas quando se pretende fazer acalmia de tráfego.
A Câmara de Lisboa vai intervir em 150 arruamentos da cidade, até 2017, em obras de pavimentação, viária e pedonal, seguindo o Plano de Acessibilidade Pedonal, tornando-as acessíveis a todos os cidadãos, um investimento de 25 milhões de euros.
Segundo o vereador do urbanismo, estas artérias da capital "têm que ser reconstruídas", em alguns casos devido a intervenções no saneamento por causa das cheias e na substituição dos coletores, explicando que "a rua tem que ser toda esburacada", sendo depois reconstruída de acordo com o Plano de Acessibilidade Pedonal, que visa facilitar a mobilidade na capital eliminando barreiras arquitetónicas.
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