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Futuro de territórios de baixa densidade passará pela diferenciação

O ministro-adjunto e do Desenvolvimento Regional, Miguel Poiares Maduro, defendeu hoje em Ponte de Sor que o futuro dos territórios de baixa densidade passa pela diferenciação e capacidade de aproveitamento dos fatores específicos de cada região.

Futuro de territórios de baixa densidade passará pela diferenciação
Notícias ao Minuto

16:37 - 29/07/15 por Lusa

País Ministro

De visita ao aeródromo de Ponte de Sôr, no distrito de Portalegre, Poiares Maduro percorreu os diversos hangares ali construídos, conheceu as empresas ali instaladas e elogiou as parcerias desenvolvidas ao nível científico com várias universidades do país.

"Este é o exemplo do tipo de competitividade que nós necessitamos para o futuro, uma competitividade que aposta naquilo que são os objetivos estratégicos e os recursos endógenos existentes no território, e que os potencia, alinhando a intervenção de forma articulada com os diferentes agentes públicos e privados, universidades, conhecimento científico, tecido empresarial, município e comunidade intermunicipal", destacou, em declarações à agência Lusa.

"É este tipo de competitividade que reforça aqui a ideia de um 'cluster' aeronáutico e é exemplo de afirmação de um território, pela diferenciação, e pela capacidade de internacionalização", vincou, tendo defendido que é "desta forma que o país vai vencer, não apenas o desafio da competitividade, mas também o da coesão territorial".

Sobre os territórios de baixa densidade populacional, Poiares Maduro referiu a "diferenciação positiva" em termos de majorações e investimentos - "abrimos 4 concursos com 84 milhões de euros para investimento exclusivo nestas áreas" - e destacou a "criação de 3 centros de investigação de excelência a nível europeu em cada uma das universidades do interior do país" (Trás-os-Montes, Beira interior e Évora).

"Estes centros de excelência vão potenciar a atração de recursos humanos qualificados para essas universidades, e vão também potenciar a economia dos territórios onde essas universidades estão instaladas", sendo que "cada um deles será especializado numa área que está relacionada com os recursos que existem nesse território", frisou.

Poiares Maduro disse ainda à Lusa que a aposta que o Governo vai fazer nesses centros de excelência "reflete um reforço de entre 4 a 10 vezes, em termos de investimento, do montante anual que é transferido atualmente do Estado para investimento em ciência nessas universidades - "entre 1 a 2 milhões de euros para cada uma delas" -, precisou.

O aeródromo de Ponte de Sor inclui uma pista de aviação com 1800 metros, uma empresa de manutenção aeronáutica, a base dos meios aéreos da Autoridade Nacional da Proteção Civil (ANPC) e uma escola internacional de pilotos de aviação, entre outras empresas, tendo a Câmara Municipal local já investido cerca de 25 milhões de euros, desde 2005, valor repartido de forma equitativa pela autarquia e por fundos europeus para projetos estruturantes.

O presidente da Câmara Municipal de Ponte de Sor, Hugo Hilário (PS), disse à agência Lusa que o investimento "já está a ter o seu retorno", tendo referido os 80 postos de trabalho ali criados no último ano, a que se vão juntar mais 100 postos de trabalho a partir de setembro, com a inauguração de um centro de acolhimento e de um centro tecnológico.

O autarca lembrou ainda a construção em curso de um campus universitário no aeródromo de Ponte de Sor, num investimento de cerca de 4,2 milhões de euros e com capacidade para 100 quartos, tendo feito notar que, na cidade, não há camas para alugar - "tudo o que é alojamento está esgotado, devido à presença de técnicos, professores, alunos e outros profissionais ligados à aeronáutica".

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