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Tribunal de Contas deteta pagamentos ilegais na Universidade do Algarve

O relatório de auditoria do Tribunal de Contas à Universidade do Algarve para o período de 2012, hoje divulgado, detetou pagamentos ilegais de 13,5 mil euros na contratação de professores, mas relevou qualquer responsabilidade financeira.

Tribunal de Contas deteta pagamentos ilegais na Universidade do Algarve
Notícias ao Minuto

11:02 - 28/07/15 por Lusa

País Relatório

"Foram autorizadas, nos anos 2011 e 2012, despesas e pagamentos ilegais no montante de 13.541,81 euros, relativas à contratação de docentes em regime de prestação de serviços que visaram a lecionação de unidades curriculares de cursos de licenciatura e mestrado", pode ler-se no sumário executivo do documento.

O Tribunal de Contas explica que, apesar de terem sido estabelecidas relações de prestação de serviços, as contratações "mais se [coadunavam] com a existência de vínculo de trabalho subordinado inerente", uma vez que, em termos legais, "o recurso à contratação de prestação de serviços só é admissível para a execução de trabalho não subordinado".

No entanto, no âmbito do contraditório, a Universidade do Algarve justificou que o recurso a prestações de serviços teve por objetivo, no caso da Escola Superior de Saúde (ESS), preencher as necessidades do começo "do curso de mestrado em Gestão e Avaliação das Tecnologias de Saúde '(...) tendo em conta que inexistiam recursos humanos internos, desta ou de outras unidades orgânicas do ensino politécnico ou universitário, que pudessem assumir o serviço'".

Por outro lado, no caso da Faculdade de Ciências Humanas e Sociais (FCHS), as prestações de serviços "visaram compensar o número anómalo e inesperado de situações de baixa médica que atingiram o Departamento de Psicologia e Ciências da Educação", num total de nove entre 2011 e 2012.

A auditoria do Tribunal de Contas atribui a responsabilidade pela autorização das despesas ilegais, em 2011 e 2012, à então diretora da ESS e atual vice-reitora, Ana de Freitas, ao então diretor da FCHS e atual reitor, António Branco, e ao então subdiretor da FCHS, Luís Filipe Oliveira.

"Os pagamentos ilegais no montante global de 13.541,81 euros são da responsabilidade dos membros do Conselho Geral, Fernanda Matias e João Rodrigues", acrescenta o documento do tribunal.

Face às explicações prestadas pelo estabelecimento de ensino superior, contudo, o Tribunal de Contas decidiu relevar a respetiva responsabilidade financeira sancionatória, já que "a solução adotada visou acautelar o regular funcionamento dos cursos".

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