Carlos Alexandre pede mão mais pesada, tensão aumenta
Ricardo Salgado foi constituído arguido no processo 'Universo Espírito Santo' a 20 de julho. A medida de coação foi uma surpresa para alguns.
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País Justiça
O 'superjuiz' Carlos Alexandre aplicou na semana passada a medida de coação de prisão domiciliária com vigilância policial a Ricardo Salgado. As reações a esta medida surgiram de imediato. "Descabida" foi a palavra usada pelo advogado de defesa do ex-presidente do BES, "desproporcionada" a empregue pelo Ministério Público.
O Ministério Público pedia que Salgado ficasse proibido de se ausentar para o estrangeiro e de contactar outros arguidos no processo, mas Carlos Alexandre foi mais longe. Tudo para deixar claro que não concorda com a estratégia que tem sido seguida pelos procuradores, sobretudo no que concerne às medidas de coação solicitadas.
Uma fonte judicial conta ao Diário de Notícias que a tensão entre o juiz e os procuradores tem aumentado.
Há muito que Carlos Alexandre defendia uma medida mais pesada, mas esperava-se que a prisão domiciliária fosse com recurso a pulseira eletrónica e não com vigilância policial.
Especulou-se ainda se Salgado seria portador de algum aparelho médico que pudesse interferir com o sinal, mas "não houve nenhuma questão médica na equação".
A mesma fonte indica ainda que o juiz vai "atravessar-se" sempre que achar que o Ministério Público não esteja a avaliar corretamente os indícios recolhidos, assim como os perigos de fuga e perturbação das investigações.
Recorde-se que Ricardo Salgado é suspeito dos crimes de corrupção, branqueamento de capitais, fraude fiscal, burla qualificada, abuso de confiança, falsificação de documentos e falsificação informática.
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