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Medidas de austeridade na TAP são "populistas"

Os sindicatos da TAP, que se reuniram esta segunda-feira com o ministro da Economia e com o secretário de Estado dos Transportes, afirmaram que as medidas de austeridade aplicadas à companhia aérea são "populistas" e "sem carácter técnico".

Medidas de austeridade na TAP são "populistas"
Notícias ao Minuto

23:12 - 04/02/13 por Lusa

País Sindicatos

Fazendo uma curta declaração aos jornalistas, sem direito a perguntas, Rui Luís, porta-voz da Plataforma dos Sindicatos da TAP, disse, no final do encontro, que "a aplicação das medidas de austeridade [aos trabalhadores] da TAP não respeita em nada a realidade diferenciada do mercado concorrencial em que se insere", sublinhando que se trata de "medidas populistas [e] sem carácter técnico, que estão a levar à emigração de quadros altamente qualificados, conduzindo à falência operacional da empresa".

"A TAP não recebe, desde 1997, qualquer ajuda do Estado. O Estado não mete dinheiro na TAP. Os cortes efectuados ao abrigo da lei orçamental vão prejudicar todos os portugueses, porque o dinheiro não vai para os cofres do Estado, perdendo-se ainda um encaixe de cerca de 11 milhões de euros para a Segurança Social", afirmou ainda Rui Luís.

De acordo com o também presidente do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC), a plataforma sindical está a aguardar o agendamento de uma reunião por parte do Ministério das Finanças e um segundo encontro com o da Economia e Emprego, que deverá decorrer entre 18 e 22 de Fevereiro, para ter "mais notícias".

O dirigente sindical criticou ainda "a falta de capacidade e de visão deste Governo para assumir a realidade diferente da TAP".

No final da reunião, que decorreu nas instalações do Ministério da Economia e do Emprego, em Lisboa, nenhum elemento do Governo prestou declarações aos jornalistas.

De acordo com uma nota do SNPVAC, da ordem de trabalhos do encontro constava a discussão sobre a reestruturação da empresa, a situação de tesouraria e o relançamento da venda da transportadora aérea.

NA quarta-feira, o presidente da Comissão de Trabalhadores da TAP, Vítor Baeta, disse à agência Lusa que a TAP vai adoptar os cortes salariais da função pública, previstos no Orçamento do Estado para 2013 (OE2013), a partir de Fevereiro.

Depois de uma reunião com o presidente da TAP, Vítor Baeta afirmou que "Fernando Pinto [presidente executivo da empresa] confirmou que não haveria qualquer tipo de medida excepcional e que os cortes serão feitos como está previsto no Orçamento do Estado [OE], entre os 3,5% e os 10 por cento".

Em Janeiro, a TAP não aplicou as reduções salariais previstas no OE2013, documento que eliminou a possibilidade de haver excepções, como aconteceu nos dois últimos anos.

Entretanto, o Ministério das Finanças reiterou que a TAP e a Caixa Geral de Depósitos (CGD) vão ter de reduzir os salários entre 3,5 e 10%, explicando que o Orçamento do Estado para este ano não contempla regimes de excepção.

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