Detenção de Salgado gera dúvidas a Marques Mendes
“Porque é que se demorou quase um ano a constituir arguidos?”, pergunta Marques Mendes, que não entende o porquê da vigilância policial imposta a Ricardo Salgado.
© Reuters
País Comentário
Luís Marques Mendes dedicou parte do seu comentário à antena da SIC a falar da medida de coação aplicada a Ricardo Salgado no âmbito da investigação ‘Universo Espírito Santo’.
O advogado frisou, no ‘Jornal da Noite’, duas dúvidas que persistem, a seu ver, no caso que envolve o antigo presidente do Banco Espírito Santo (BES).
A primeira diz respeito à morosidade da justiça. Marques Mendes não entende porque é que só um ano depois do colapso do BES e de o Banco de Portugal ter adotado a medida de resolução é que foram constituídos arguidos.
“Porque é que se demorou quase um ano a constituir arguidas algumas pessoas num processo desta natureza, mesmo tendo passado uma comissão parlamentar de inquérito e estando numa fase avançada os processos de contraordenação do BdP? Percebo que é um processo muito complexo, mas o Ministério Público deveria, no mínimo, dar uma explicação”, afirmou Marques Mendes.
Foi nesse seguimento que Ricardo Salgado ficou sujeito a prisão domiciliária com vigilância policial. E é precisamente sobre a medida de coação adotada que recai a segunda dúvida do comentador.
“Porquê vigilância policial?”, questionou o antigo líder do PSD, tendo em conta que, desde que existe a possibilidade de vigiar os arguidos através de pulseira eletrónica, a fiscalização policial deixou de ser adotada pela justiça.
Admitindo “que seja por questões de natureza técnica ou logística”, Marques Mendes pede, assim, mais um esclarecimento, colocando-se no “conjunto de pessoas que quer ajudar a credibilizar a justiça”.
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