Passos recorda "vida ímpar" dedicada aos outros e à causa pública
O primeiro-ministro recordou Maria Barroso, que morreu hoje, como uma figura com "uma vida ímpar", dedicada ao serviço dos outros e à causa pública, e transmitiu as condolências em nome pessoal e do Governo português.
© Reuters
País Maria Barroso
Maria de Jesus Barroso morreu hoje, aos 90 anos, no Hospital da Cruz Vermelha, em Lisboa, onde estava internada em estado grave desde 26 de junho.
"Foi com enorme tristeza que tomei conhecimento do falecimento da doutora Maria de Jesus Barroso. Teve uma vida ímpar, toda ela dedicada ao serviço dos outros e à causa pública, tendo pugnado de forma intransigente por princípios, valores e ideais, tais como a defesa da democracia, o respeito dos direitos humanos e a elevação da dignidade da pessoa", sublinha o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, num comunicado enviada à agência Lusa.
Na nota, Pedro Passos Coelho destaca a intervenção marcante de Maria Barroso nas várias vertentes onde interveio, "com destaque para a área da cultura, do teatro e do cinema, da educação, da política -- tendo participado no congresso fundador do Partido Socialista --, da família e da infância, da saúde, da solidariedade social, da prevenção da violência e da integração de pessoas com deficiência".
"A doutora Maria de Jesus Barroso deixou, ainda, uma marca notável nas muitas instituições que fundou, ajudou a criar ou presidiu, nomeadamente a Fundação Pro Dignitate, a Cruz Vermelha Portuguesa, a Associação para o Estudo e a Prevenção da Violência e a Fundação Aristides de Sousa Mendes", recorda.
Para o primeiro-ministro, Maria Barroso "será para sempre recordada a sua ação nobre e corajosa, o seu constante dinamismo e empenho, que contribuiu para uma sociedade civil mais robusta e esclarecida" e, por isso, foi reconhecida e agraciada ao longo da vida com várias distinções académicas e honoríficas, nacionais e estrangeiras.
"Neste momento de profundo pesar, quero transmitir à família enlutada, em nome pessoal e do Governo português, as minhas mais sinceras condolências e testemunhar publicamente a grande perda que hoje todos os portugueses sentem", conclui a nota do primeiro-ministro.
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