Justiça dá razão a mãe que perdeu filha por negligência há 11 anos
O Hospital da Guarda foi condenado, após 11 anos, por negligência.
© Reuters
País Guarda
A Unidade Local de Saúde (ULS) da Guarda foi condenada, pelo Tribunal Administrativo e Fiscal de Castelo Branco, a pagar 124 mil euros (91 mil mais juros desde 2006) por negligência no parto de uma criança que acabou por morrer, avança o Jornal de Notícias.
O caso remonta a 8 de agosto de 2004, quando Isabel Pina entrou no serviço de Pediatria do Hospital da Guarda, por volta das 19h00, com o intuito de ser mãe na tarde seguinte. A situação não aconteceu como previsto e por volta da meia-noite, a grávida queixou-se de dores intensas.
Já na sala de dilatação, às 3h00, o registo cardiográfico assinalou registos sugestivos de sofrimento fetal. Isabel pediu que fosse chamado um médico mas o seu pedido não foi socorrido e o obstetra só apareceu três horas depois, segundo revela o acórdão.
A criança morreu após o parto e a autópsia revelou que não houve malformações, tendo o falecimento resultado de “uma infiltração hemorrágica no polo encefálico associada a lesões de asfixia aguda”.
A família não avançou com uma ação-crime mas colocou uma ação cível que foi agora resolvida. “O dinheiro não traz o meu bebé de volta, mas explica que houve negligência e de quem”, afirmou a Isabel Pina. Mais ainda, “a culpa não morreu solteira”, acrescentou.
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