Portuguesas em greve de fome em nome de causa internacional
Mohamed Haidala foi assassinado no Sara Ocidental. Agora, a sua mãe pede que o corpo seja devolvido para o poder enterrar.
© Blog Porunsaharalibre
País Sara Ocidental
Duas ativistas portuguesas, Isabel Lourenço e Helena Brandão, estão a realizar 24 horas de greve de fome para ajudar Takbar Haddi, que esteve 36 dias sem comer, em frente ao consulado marroquino em Las Palmas, nas Canárias, para exigir o corpo do seu filho, Mohamed Haidala, assassinado no Sara Ocidental.
Dá conta o jornal Público de que a mãe, Takbar Haddi, teve de interromper o protesto depois de ter passado mal, mas a sua greve não parou. Muitas pessoas decidiram, entretanto, juntar-se a esta causa. Desta vez são estas duas portuguesas que terminam hoje a greve junto à Assembleia da República, em Lisboa.
Uma das ativistas, Isabel Lourenço, chegou mesmo a ser agredida e expulsa do Sara Ocidental pelas autoridades marroquinas, quando ia assistir ao julgamento de um jornalista.
A história de Takbar Haddi é bastante emocionante. Ao que parece, o seu filho Haidala, também ativista, foi espancado e esfaqueado por colonos marroquinos em El Aaiún, em Marrocos, a 31 de janeiro.
O jovem acabou por ser detido e apesar de ter pedido tratamento médico, as autoridades recusaram. O ativista acabou por falecer a 8 de fevereiro.
Ao que tudo indica, Haidala “participava em muitas manifestações”, “por isso é que os colonos o raptaram e o levaram para o deserto. Enfiaram-no num carro e bateram-lhe até ele ficar inconsciente”.
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com