Maestro que gastou dinheiros públicos em lingerie, jóias e viagens deve conhecer decisão do tribunal
O colectivo de juízes da 7.ª Vara Criminal de Lisboa comunica esta terça-feira se condena ou absolve o maestro Miguel Graça Moura, acusado de utilização indevida de 720 mil euros do erário público e de falsificação de documento.
© Lusa
País Justiça
A leitura do acórdão esteve marcada para 17 de Dezembro do ano passado e, posteriormente, para 15 de Janeiro.
O primeiro adiamento foi para acrescentar factos apurados durante as audiências e o segundo para que a defesa se pronunciasse sobre novas alterações.
A leitura da decisão está marcada para hoje, às 09h30, na sétima Vara Criminal de Lisboa, sendo o colectivo de juízes presidido por Filipa Valentim.
Graça Moura presidiu à Associação de Música, Educação e Cultura (AMEC), de 1992 a 2003, e foi acusado pelo Ministério Público (MP) de, entre outros artigos, ter gasto 720 mil euros em artigos de lingerie masculina e feminina, compras em supermercado, mobiliário, gravadores, aparelhagens áudio, vinhos, charutos, jóias, viagens e obras de arte.
O MP destaca que Miguel Graça Moura não fazia distinção entre despesas da AMEC e pessoais, utilizando indistintamente cartões da AMEC, que integra a Orquestra Metropolitana, e de contas de que era titular.
A acusação diz também que o maestro viajou para os Estados Unidos, Argentina, México, Tailândia e Singapura, despendendo um total de 214.377 euros.
Em despesas de restaurante, em Portugal e no estrangeiro, Graça Moura gastou mais de 80 mil euros.
O MP destaca ainda despesas de 52.542 euros em livros.
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