Ao longo de pouco mais de meio ano, o esquema montado pelo único responsável da gestão das máquinas distribuidoras de senhas de refeição das cantinas do Instituto Politécnico do Porto, foi bem-sucedido.
Tão bem, que o burlão conseguiu amealhar 91 mil euros com o estratagema que arquitectou: alterava as folhas do balanço das máquinas e metia, literalmente, o dinheiro ao bolso. Até que, não havendo crimes perfeitos, o funcionário foi traído pela diferença entre o número de senhas vendidas e o número de refeições que eram, de facto, servidas.
O caso remonta a 2009, e, descoberta a ‘tramóia’, o alegado vigarista enfrenta agora as barras do tribunal, sendo que o início do julgamento está agendado para a próxima sexta-feira, no Porto. O arguido incorre numa pena de um a oito anos pelo crime de peculato, pendendo ainda sob ele a acusação de falsidade informática, por ter alterado os valores nas próprias máquinas.