Rui Moreira quer reindustrializar a partir do Bonfim e Campanhã
O presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, destacou hoje que a cidade é uma localização de valor acrescentado para o investimento, capaz de atrair indústrias para as freguesias do Bonfim e Campanhã onde abundam "exemplos de arqueologia industrial".
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País Porto
"A vantagem competitiva do Porto passa não pelo esmagamento de custos, mas por um conceito que os anglo-saxónicos definem como 'value for money' (...) em que se cruzam competências e recursos, com custos competitivos", afirmou o autarca.
Rui Moreira falava no final do debate "Porto: Localização de Investimento de Alto Valor Acrescentado" em que procedeu à assinatura de protocolos de cooperação institucional, no âmbito da atração de investimento, com diversos agentes económicos e institucionais como o AICEP, o Health Cluster Portugal e seis Câmaras de Comércio e Indústria.
O presidente da Câmara do Porto defendeu que a cidade quer "atrair investimento de alto valor acrescentado", mas que não tem "essa pretensão por acaso" uma vez que possui "massa crítica e recursos humanos", nomeadamente os anuais 60 mil estudantes e 13 mil formados e as 628 unidades de investigação e desenvolvimento
"Vamos continuar a falar de reindustrialização", assinalou Rui Moreira para quem o Porto tem capacidade para atrair indústrias, nomeadamente as freguesias do Bonfim e Campanhã "onde abundam exemplos de arqueologia industrial" com espaços que estão a ser reunidos numa plataforma a partir da qual se pode indicar às novas empresas onde se podem fixar.
Assinalou ainda a "necessidade de voltar a trazer os [recursos humanos] que saíram [da cidade] pelas mais variadas razões e trazer também os outros", defendendo que o Porto tem "que ser a cidade cosmopolita, não é a que copia as outras é a que é capaz de atrair para si o que os outros têm de melhor".
Do debate participou Ana Lehhman da recém-apresentada InvestPorto, entidade dependente do presidente da câmara que visa a atração de investimento e que está a trabalhar na plataforma Porto Business Location para agilização de processos de investimento.
"A maior parte dos investimentos que vêm para o Porto são de entidades que já conhecem a realidade do território", frisou a responsável, destacando os "dois setores alavancas das vantagens competitivas da cidade": as Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) e a Saúde.
Da parte das TIC o responsável da empresa 'Critical Manufacturing' Francisco Almada Lobo realçou que apesar de a cidade ser ideal para atrair recursos humanos nesta área, ainda "não há gente suficiente" e "a área de sistemas de informação é de pleno emprego".
Já do lado da Saúde, Luís Portela do Health Cluster assinalou como o setor exportava 600 milhões, valor que duplicou em 2014, graças também a uma melhor ligação entre a investigação e a realidade empresarial.
Também no debate esteve Miguel Frasquilho da AICEP para quem "o Porto tem um conjunto de ativos e uma evolução nos últimos anos semelhantes à trajetória do próprio país.
"Se um investidor pretende vir para Portugal ele acabará por ficar sediado num determinado município [e] é natural que procure a região que lhe dará as melhores condições", salientou.
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