Circulação do Metro suspensa às 23h20 devido a greve
O Metropolitano de Lisboa encerra hoje às 23:20 para uma greve de 24 horas que os sindicatos dos trabalhadores agendaram contra a subconcessão e a reestruturação da empresa.
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País Protestos
Numa nota hoje divulgada, o Metropolitano de Lisboa adiantou que a circulação estará suspensa entre as 23:20 de hoje e as 06:30 de quarta-feira "por motivo de greve de 24 horas convocada por várias organizações sindicais representativas dos trabalhadores".
A transportadora acrescenta que a Carris reforçará algumas das carreiras de autocarros que coincidem com os eixos servidos pelo Metro, entre as 06:30 e as 21:00 de terça-feira.
As linhas com reforço do número de autocarros em circulação são a 726 (Sapadores - Pontinha Centro), a 736 (Cais do Sodré - Odivelas -- Bairro Dr. Lima Pimentel), a 744 (Marquês de Pombal - Moscavide -- Quinta das Laranjeiras) e a 746 (Marquês de Pombal - Estação Damaia).
De acordo com a sindicalista Anabela Carvalheira, da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (FECTRANS), a greve deve-se "à continuação da luta contra esta intenção privatizadora das empresas de transporte, em particular do Metropolitano".
A sindicalista acrescentou que o protesto também contesta "a reestruturação que vem sendo feita e que põe em causa imensos postos de trabalho".
A greve de terça-feira é a sexta greve realizada pelos trabalhadores este ano.
Além da greve de 24 horas da passada terça-feira, os trabalhadores da empresa também realizaram greves parciais a 24 de fevereiro, 16 e 18 de março e a 28 de abril, entre as 06:30 e as 09:30, levando a que a circulação de composições se realizasse nesses dias apenas a partir das 10:00.
Representantes da Fectrans estiveram hoje reunidos, em Lisboa, com o secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro, a quem transmitiram "preocupações face ao processo de reestruturação em curso na Transportes de Lisboa ['holding' que administra o Metropolitano de Lisboa, a Carris e a Transtejo/Soflusa], disse à Lusa o coordenador daquela Federação, José Manuel Oliveira.
A Fectrans defende, por exemplo, que o processo de reestruturação "foi feito à margem da lei", já que "as Comissões de Trabalhadores das empresas deveriam ter sido ouvidas e não foram".
"Há uma lei para cumprir e não aceitamos que às Organizações Representativas dos Trabalhadores seja negada informação relativamente a algumas matérias", disse José Manuel Oliveira.
A Fectrans demonstrou ainda preocupação com a fusão das empresas e a redução de efetivos.
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