Automutilação aumenta entre os jovens portugueses
Os comportamentos autolesivos estão a tornar-se uma preocupação para os especialistas da área.
© Reuters
País Saúde
Os profissionais de saúde estão a deparar-se com o crescimento de comportamentos autolesivos entre os jovens, contudo o Jornal de Notícias refere que não há estudos específicos e que os únicos dados existentes em Portugal são provenientes de uma tese de doutoramento.
“No outro dia, uma menina que é minha paciente ligou-me e disse-me 'está a apetecer cortar-me'”, estas são as palavras de Ana Vasconcelos, pedopsiquiatra, que acredita que “estamos numa altura em que a autoagressão entre os mais novos começa a ser cada vez mais vista nos consultórios”.
A maioria dos jovens corta-se “nos braços, nas pernas ou na barriga para aliviarem uma grande dor emocional”. A Direção Geral de Saúde admite que não se trata de uma doença, mas “está associada a perturbações de ansiedade e a perturbações depressivas”.
Daniel Sampaio, psiquiatra e especialista na área da adolescência, refere-se a estes comportamentos como “um grande sinal de alarme” e aborda a tese de doutoramento que mostra que numa amostra de 1200 jovens, com idades entre os 12 e os 18 anos, 7% dos inquiridos já tinha cometidos atos de automutilação.
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