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Sindicato promove hoje greve dos professores de português

O Sindicato dos Professores das Comunidades Lusíadas (SPCL) convocou para hoje uma greve dos professores do Ensino do Português no Estrangeiro (EPE) colocados na Europa.

Sindicato promove hoje greve dos professores de português
Notícias ao Minuto

06:07 - 23/05/15 por Lusa

País Educação

"A greve acontece no dia dos exames do instituto Camões, mas não prejudicará os alunos, pois os referidos exames são voluntários e os seus resultados não têm qualquer influência no percurso escolar dos alunos nos vários países de acolhimento", disse à Lusa Teresa Duarte Soares, secretária-geral do SPCL.

O sindicato enviou no dia 11 de maio às autoridades portuguesas o pré-aviso de greve dos professores do EPE na Europa.

"Na Suíça, a adesão vai ser muito forte, são mais de 30 professores que irão fazer greve, pois esta prova acontece só em maio no país e todos os docentes foram convocados para vigiarem os alunos durante as provas", sublinhou.

Segundo Teresa Duarte Soares, "nos demais países da Europa a adesão será menor, pois estes exames são realizados agora em maio e em junho. Para sábado, há poucos alunos para os testes, assim foram convocados menos professores e os que não foram convocados não farão greve".

A sindicalista alertou que a situação dos professores do EPE na Suíça é uma das mais complicadas.

O Banco Nacional Suíço (BNS) decidiu em janeiro abolir a taxa de câmbio mínima do franco suíço face ao euro (1,20 francos por euro), em vigor desde setembro de 2011 e eixo principal da política monetária suíça há mais de três anos, e baixou diversas taxas de juro.

Segundo os sindicatos, os professores do EPE estão a passar grandes dificuldades na Suíça devido a esta medida, já que as perdas salariais devido ao câmbio entre euro e franco suíço chegam até aos 20%.

O Conselho de Ministros aprovou na quinta-feira um mecanismo extraordinário de correção cambial às remunerações e abonos dos trabalhadores das diferentes carreiras do Ministério dos Negócios Estrangeiros em funções nos serviços periféricos externos, e aos coordenadores, adjuntos de coordenação e docentes integrados na rede do EPE.

Esta decisão, segundo o Governo, teve como objetivo corrigir os efeitos conjunturais da desvalorização do euro, que tem provocado um forte impacto negativo nas remunerações e abonos daqueles trabalhadores.

"Neste mecanismo, o fator de correção é absolutamente insuficiente para o caso da Suíça e também muito pouco para o Reino Unido", indicou Teresa Duarte Soares.

"Para a Suíça, é totalmente insuficiente. O mínimo teria de ser 15% e o que está no documento aprovado pelo Conselho de Ministros é 11%. Portanto, os professores que estão no limiar da pobreza, vão continuar no limiar da pobreza, o fator será muito baixo", acrescentou.

O sindicato reuniu-se com os responsáveis do instituto Camões, que tutela o EPE no âmbito do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE), no dia 15 de maio, mas não houve acordo em vários temas, como a correção cambial e a alteração do regime jurídico dos professores do EPE proposta pelo governo.

A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) acordou na terça-feira com a Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas uma solução para os problemas imediatos dos professores de português no estrangeiro e desconvocou a greve que também agendada para hoje.

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