O atual presidente do Conselho de Administração do Metropolitano de Lisboa, Rui Loureiro, era um dos líderes da empresa que produziu carruagens com defeitos, detetados em 2012, e que originou uma investigação da Procuradoria-Geral da República.
Várias carruagens produzidas entre 1996 e 2004 foram detetadas com falhas técnicas nomeadamente nos travões e no sistema de fecho de portas, em 2012. As composições denominadas de lote ML99 têm, ainda hoje, as suas funcionalidades em causa.
Rui Loureiro, que estava à frente da empresa – a Adtranz – está agora na liderança do Metropolitano de Lisboa e confrontado pelo Jornal de Notícias refere que os erros detetados “eram expectáveis”.
“Embora tenham surgido alguns problemas técnicos […] o comportamento das carruagens apresenta MKBF [quilometragem média entre avarias] que está dentro dos valores expectáveis à época do seu fabrico”, defendeu.
O facto é que as avarias tiveram implicações negativas nas contas da transportadora, que ainda hoje se fazem sentir.
Rui Loureiro foi nomeado para o Conselho de Administração do Metropolitano de Lisboa pelo atual Governo.