Depois de funcionários e dirigentes do Boavista terem denunciado que a gestão dos salários e respectivos descontos para a Segurança Social era “presidencialista”, ou seja, feita pelo próprio presidente, o Ministério Público chegou a João Loureiro e Joaquim Teixeira, presidente e vice-presidente do clube, respectivamente.
Em causa estão os salários de empregados e membros estatutários, entre Março de 2007 e Maio de 2008 (período que abrange a parte final da presidência de Loureiro e o início da de Joaquim Teixeira), e cujas contribuições para a Segurança Social no valor de 238 mil euros nunca foram entregues.
Além de João Loureiro, o Ministério Público acusa pelo crime de abuso de confiança contra a Segurança Social o próprio clube (como pessoa colectiva), Joaquim Teixeira (seu sucessor na presidência do Boavista), e Tavares Rijo (antigo presidente adjunto dos dois presidentes do clube).
“Todas estas dívidas resultam da discriminação de que o clube foi vítima durante a construção dos estádios para o Euro2004”, esclarece ao JN fonte do Boavista, acrescentando que não serão feitos “mais comentários neste momento”.
Mas os casos não ficam por aqui. O JN diz ter conhecimento de mais inquéritos pendentes relativos a dívidas do Boavista ao Estado.