Parte dos mais de 20 milhões de euros que o Ministério Público atribui a José Sócrates tiveram origem numa conta de Hélder Bataglia, presidente da Escom.
Segundo o Sol, os registos bancários da Operação Marquês, revelam uma rede de transferências com origem numa conta do presidente desta sociedade do Grupo Espírito Santo.
Uma offshore de Hélder Bataglia terá feito uma transferência de 6,5 milhões para uma offshore do primo de José Sócrates a viver em Angola, José Paulo Pinto de Sousa, que por sua vez transferiu 5,5 milhões para uma conta de Carlos Santos Silva.
É nesta conta da Suíça que o Ministério Público acredita estar depositado dinheiro do ex-primeiro ministro.
Carlos Santos Silva disse, em interrogatório, que parte do dinheiro veio do Grupo Lena, e, segundo uma fonte próxima da Operação Marquês, a transferência 5,5 milhões de José Paulo Pinto de Sousa serão dividendos de um negócio de salinas.
Em trabalho de investigação na província angolana de Benguela onde se localiza a alegada sociedade entre o primo de Sócrates e Carlos Santos Silva, o Sol aponta várias incongruências que podem desmentir esta versão.