Desanimado por, 10 anos depois, “as pessoas serem sempre as mesmas e o discurso ser sempre o mesmo”, Paulo Guinote encerrou o projeto que o levou a ser olhado de lado por muitos e acarinhado por outros.
No blog ‘Educação do meu umbigo’ vão deixar de se ler publicações recentes do professor, que começou a sentir-se repetitivo. “Passado um punhado de anos, percebi que é como a história do pântano: há umas ondas e depois começa a acalmar, até que olhamos à volta e estamos iguais ao que estávamos há 10 anos. Eu era mais um que andava aqui no meio”, explicou.
Em entrevista ao i, o docente há 28 anos mostrou-se “muito preocupado” com a escola pública, que entende estar mais desigual, e explicou que se perdeu a autoridade.
Os culpados são, em grande parte, Maria de Lurdes Rodrigues e José Sócrates, no entender do professor, que afirma, perentório: “Mói muito o desânimo que vi em muita gente. Por muito é que nunca perdoarei aquela ministra e aquele primeiro-ministro. É impossível perdoar-lhes o mal que eles fizeram, em termos psicológicos, a muita gente”.