O presidente da central de compras do Serviço Nacional de Saúde (SNS), Henrique Martins, revelou à TSF que o Governo quer aumentar o uso da telemedicina nas unidades de saúde portuguesas.
Trata-se de “uma tecnologia como outra qualquer para a prática médica e deve estar disponível em todas as unidades de saúde”, disse, salientado que o Governo quer expandir este mecanismo a todas as consultas e exames.
A questão da telemedicina – que inclui o envio de imagens e vídeos – vai estar em debate esta terça-feira, em Lisboa, e Henrique Martins apela à “abertura de espírito” face a este novo mecanismo, uma vez que, defende, vai fazer com que os utentes e o Estados poupem tempo e dinheiro.
“O Ministério [da Saúde] gasta muito dinheiro em transportes de um lado para o outro e que estes, às vezes, até levam as pessoas a sentirem-se desconfortáveis pelos tempos de deslocação e por terem de acordar cedo”, justificou, salientando que o contacto físico entre paciente e médico nunca deixará de existir.
O “contacto físico entre doente e médico ou enfermeiro, algo que se deve manter, mas há muitos outros casos, sobretudo em doentes crónicos, em que a equipa clínica conhece bem a pessoa, o que permite esse contacto à distância que gera poupanças que podem ser investidas noutras áreas”, garantiu à TSF.
De acordo com a publicação, está a decorrer uma consulta pública para escolher as empresas que irão ser responsáveis pelo fornecimento desta tecnologia ao Serviço Nacional de Saúde.