Greve dos jornalistas do JN com 85% de adesão
Os jornalistas do Jornal de Notícias (JN) voltaram hoje à greve ao trabalho em dias feriados, para exigir a aplicação do acordo de empresa, com a adesão a chegar aos 85%, segundo fonte do Sindicato dos Jornalistas.
© Lusa
País Imprensa
"A adesão manteve-se elevada", sublinhou Cláudia Monteiro.
Na sexta-feira, mais de 90% dos jornalistas do JN tinham parado em protesto contra o pagamento dos feriados a 50%.
A diferença no número total de jornalistas que deveriam trabalhar em cada um dos dias justificou, segundo Claúdia Monteiro, a divergência na adesão à greve.
Enquanto na sexta-feira a redação deveria ter funcionado com 60 jornalistas, no domingo estavam apenas escalados 24 redatores.
No Porto, 95% dos jornalistas escalados fizeram greve e em Lisboa 60% aderiram à paralisação.
Os trabalhadores dos JN, Diário de Notícias e O Jogo pertencentes ao Global Media Group, contestam o incumprimento do contrato coletivo de trabalho (CCT) que estabelece o pagamento dos feriados a 200% e um dia de folga e estão abrangidos por um pré-aviso de greve por tempo indeterminado.
No jornal O Jogo, a adesão rondou os 50%, e no DN a redação funcionou normalmente.
Os jornalistas do DN decidiram não fazer greve, depois de aprovarem na quinta-feira uma moção para apresentar uma contraproposta à administração, disse o jornalista Miguel Marujo em declarações anteriores à Agência Lusa.
A administração tem agora uma semana para responder à contraproposta dos trabalhadores, que propõem o pagamento dos feriados a 50% acrescido de dois dias de folga, com efeitos retroativos, e é válida até ao dia 01 de maio.
Também os jornalistas do JN apresentaram uma contraproposta alternativa à meia folga oferecida pela administração do jornal, mas foi recusada.
Os jornalistas propunham o pagamento dos feriados a 100% e dois dias de folga, em vez do pagamento a 200% mais uma folga que está estipulado no Contrato Coletivo de Trabalho.
O Sindicato dos Jornalistas lamentou, na quinta-feira, "que empresas associadas da Associação Portuguesa de Imprensa, com quem está a negociar um novo CCT, tenham decidido unilateralmente não cumprir a lei" e lembrou que o atual CCT está em vigor até à conclusão das negociações.
Os primeiros feriados abrangidos pelo pré-aviso de greve foram os de dia 3 de abril, Sexta-Feira Santa, e de dia 5, Domingo de Páscoa.
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