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Serão as vacinas as novas 'inimigas' dos pais?

Fazem parte da infância mas são, atualmente, vistas com alguma reticência por parte dos pais. Serão as vacinas amigas ou inimigas?

Serão as vacinas as novas 'inimigas' dos pais?
Notícias ao Minuto

11:01 - 30/03/15 por Notícias Ao Minuto

País Saúde

A taxa de vacinação em Portugal ronda os 95% e é uma das mais elevadas no mundo. O Plano Nacional de Vacinação (PNV) permite que as crianças e os adultos sejam vacinados de forma gratuita mas são muitas as pessoas, em especial os pais, que agora olham com alguma relutância para este procedimento médico.

Seja pelo desconhecimento – ou falta de experiência – de algumas das doenças que as vacinas previnem, seja pelos vários e frequentes estudos sobre os efeitos secundários de algumas vacinas, ou até mesmo pela recente tendência pela medicina naturalista, os portugueses começam a evitar vacinar os seus filhos, algo que tem acontecido com bastante frequência em países como os Estados Unidos, Alemanha e Reino Unido, onde existem movimentos anti vacinação.

Ao Diário de Notícias (DN), a consultora na Direção de Serviços de Promoção da Saúde e Prevenção de Doença (na Direção-Geral da Saúde), Etelvina Calé explica que a “população precisa de estar protegida para que uma determinada doença não circule ou não se manifeste” e que o facto da taxa de vacinação ser quase total leva a que os riscos de surtos sejam “diluídos”.

Contudo, a recusa de vacinas tem sido também defendida por alguns médicos, que apontam para o risco dos efeitos secundários, como Francisco Patrício, clínico de medicina geral e homeopata, que acredita que “só em países menos desenvolvidos” a vacinação faz sentido.

Mas, nos dias de hoje, são os estudos que mais levam à ponderação no ato de vacinar. Um dos casos de efeitos secundários mais falados, lê-se no DN, é o da investigação de Andrew Wakefield que, em 1998, revelou que a vacina anti sarampo está associada ao autismo. Mesmo tendo sido acusado de fraude e o estudo descredibilizado, este continua a ser um dos argumentos mais usados pelos pais para recusar a vacina.

A médica Ana Clarke, coordenadora da Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados, diz ao DN que é importante lembrar as famílias de que “não há vacinas inócuas, mas que o benefício é maior do que o risco”, opinião também defendida por Etelvina Calé, que explica que “as vacinas são os medicamentos mais seguros, porque são dadas a pessoas saudáveis e não se aceita que haja efeitos adversos”.

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