"Já ultrapassámos as 86 cidades, o que é um excelente indicador porque o ano passado foram 96" disse hoje à agência Lusa Marta Barata, da WWF Portugal, a organização internacional que lidera este movimento de apelo à sustentabilidade e à adoção de comportamentos amigos do ambiente.

A Hora da Planeta é um movimento que pede a todos, em todo o mundo, que participem numa ação conjunta, este ano a 28 de março, em que durante 60 minutos, das 20:30 às 21:30, "vamos desligar a luz".

Em Lisboa, o local escolhido para marcar o "apagão" foi o Martim Moniz, com a recriação de uma vila "eco-colorida totalmente sustentável -- a 'Glow Village'", onde todas as ações a decorrer serão alimentadas por energia cinética e iluminadas por luz negra e tintas 'glow'.

Mas, "essencialmente não estamos a querer contabilizar a quantidade de energia que poupamos, não é esse o objetivo final, é sim que as pessoas repensem a sua forma de viver e a forma como usufruem do planeta", explicou Marta Barata.

"Temos vindo a pedir às pessoas que repensem a forma como consomem, como retiram do planeta tudo o que lhes é essencial e que moderem os seus comportamentos e atitudes do dia a dia", insistiu.

As adesões de municípios, monumentos, empresas e instituições chegam até ao próprio dia e, no ano passado, uma semana antes do evento registava-se um número pouco acima dos 60 pelo que Marta Barata calcula que em 2015 se chegue à centena de localidades a participar.

Na edição de 2014, o evento do "apagão" foi marcado a nível nacional pela realização de uma aula de Yoga que abrangeu 11 cidades.

"Para este ano, os municípios enviaram não só as declarações de envolvimento, mas propuseram fazer a sua própria iniciativa pela Hora do Planeta" e juntar mais monumentos, explicou a técnica da organização internacional de defesa do ambiente.

No Funchal "vão fazer uma aula de Yoga e uma corrida noturna, em Santarém também vai haver uma aula de Yoga, em Olhão estão a organizar com os restaurantes um apagão e jantares à luz de velas", exemplificou.

Os monumentos que ficaram "às escuras" na 1.ª edição, em 2007, mantêm o apoio, como os palácios de Sintra, o Castelo dos Mouros, a Ponte 25 de Abril, o Mosteiros dos Jerónimos, a Torre de Belém, o Santuário do Cristo Rei ou o Museu da Eletricidade, a que este ano se juntam outros como o Santuário do Bom Jesus (Braga).

"As pessoas cada vez mais querem saber o que é a Hora dop Planeta e o movimento e é muito interessante ver as iniciativas individuais de cada um, seja empresa ou particular, porque há um envolvimento da comunidade que é muito importante", relata Marta Barata.

A Hora do Planeta tem a adesão de mais de sete mil cidades e vilas em 162 países.

Os embaixadores oficiais da iniciativa em Portugal são os locutores de rádio Nuno Markl e a Ana Galvão, tal como o surfista Garret McNamara, que se juntam aos já habituais Sandra Cóias, Mário Franco, Diana Bouça-Nova, Sylvie Dias e Beatriz Figueira.