O motorista de José Sócrates atuava como um disfarce para ligação entre o ex-primeiro-ministro e Carlos Santos Silva, o ‘amigo’ que lhe ‘emprestava’ quantias avultadas de dinheiro.
Conforme descreve o Diário de Notícias, a 10 de maio de 2012, João Perna depositou um cheque de 15 mil euros, passado pelo empresário Carlos Santos Silva, na sua conta bancária.
Quatro dias depois, Perna emitiu um cheque no mesmo valor, que foi depositado na conta de José Sócrates, o seu patrão.
Outros procedimentos similares foram apurados pela investigação, como em julho do ano passado, quando Perna depositou dois mil euros em numerário na sua conta, reencaminhando-o no mesmo dia para o seu patrão. Quatro dias antes, Santos Silva levantara quatro mil euros das suas contas bancárias.
Estes dados levam o Ministério Público a concluir que as contas bancárias do ex-motorista eram utilizadas para evitar uma ligação direta entre Sócrates e o empresário seu amigo, Santos Silva.