Agente da PSP julgada hoje por tortura e agressões
Uma agente da PSP começa hoje a ser julgada, em Lisboa, por ofensa à integridade física e tortura, crimes alegadamente cometidos contra duas mulheres, a caminho e no interior da esquadra do largo do Calvário.
© Global Imagens
País Lisboa
Segundo a acusação do Ministério Público (MP), a que a agência Lusa teve acesso, os factos ocorreram a 03 de setembro de 2011, quando a arguida, hoje com 33 anos, juntamente com outros três polícias, se dirigiu às queixosas, que se encontravam na rua das Trinas, acompanhadas de dois homens, também eles conduzidos à esquadra numa outra viatura.
Por se suspeitar que tivessem objetos de "proveniência ilícita", e a fim de ser realizada uma revista, as mulheres foram transportadas numa viatura descaracterizada até à esquadra. De acordo com a acusação, no caminho a arguida "desferiu uma bofetada" numa das mulheres, dizendo-lhe para olhar para a frente e não pela janela, enquanto agredia verbalmente as duas queixosas.
Na esquadra, as mulheres receberam ordem para se despir e foram questionadas num tom "intimidatório", segundo o MP, sobre alegados roubos.
Na ausência de respostas, a arguida, que não estava fardada, agrediu uma das ofendidas "com o esticador nas pernas, nas costas e nos braços", deu-lhe "várias bofetadas com as luvas calçadas e puxou-lhe os cabelos", sustenta a acusação.
A outra queixosa foi agredida com o esticador na barriga, acrescenta o MP. As duas mulheres foram libertadas 45 minutos depois de entrarem na esquadra.
A agente da Polícia de Segurança Pública (PSP) está acusada de um crime de injúria, dois crimes de ofensa à integridade física qualificada e dois crimes de tortura e outros tratamentos cruéis, degradantes ou desumanos.
A arguida requereu a abertura de instrução do processo, mas o juiz de instrução criminal pronunciou-a pelos mesmos factos constantes no despacho de acusação do MP.
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