Viver na periferia, trabalhar na cidade: viagens sem fim
São 1,3 milhões os portugueses que trabalham num município diferente daquele onde vivem e que preferem os transportes públicos para se deslocar.
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País Emprego
Têm que se levantar antes das 6h e chegam muitas vezes só depois das 20h a casa. Passam horas de transporte em transporte público, mas não se queixam: preferem viver fora da cidade e ter que percorrer quilómetros para chegar ao trabalho do que permanecer na confusão.
São conhecidos como pendulares ou commuters e são já mais de 1,3 milhões. Deslocam-se diariamente para trabalhar num município diferente daquele onde vivem. E os motivos que os levam a este esforço são vários.
Na maioria dos casos é a família que os une à terra e os obriga a horas de viagens para conseguir chegar ao trabalho. Mas não se queixam.
Há quem aproveite para pôr a leitura em dia, outros levam o computador atrás e vão adiantando trabalho e outros aproveitam o tempo para se abstrair do trabalho e chegar a casa revitalizados.
Embora uma grande maioria das pessoas que trabalha fora do seu município e residência prefira andar de carro, são muitos os que optam pelos transportes públicos. Questões financeiras são a principal razão, embora não fique assim tão barato. Sandra vai todos os dias de Santarém até ao Oriente, em Lisboa, de comboio, e depois segue de metro para o Saldanha. No final do mês paga cerca de 220 euros, conta o Diário de Notícias.
O muito tempo passado nos transportes faz com que muitos passageiros já se conheçam e saibam de cor em que estação cada um sai. Há quem considere até escrever um livro com as peripécias vividas nos transportes.
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