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Beijar o seu filho na boca é prejudicial?

O beijo na boca entre pais e filhos é cada vez mais comum em público. Especialistas têm opiniões opostas em relação a este assunto.

Beijar o seu filho na boca é prejudicial?
Notícias ao Minuto

10:25 - 27/02/15 por Notícias ao Minuto

País Afetos

O beijo na boca entre pais e filhos é um tema bastante controverso, mesmo entre profissionais da área. Será que um beijo na boca é equivalente a um abraço ou a um beijo na cara? Segundo os especialistas ouvidos pelo Diário de Notícias, estão várias questões em causa.

O pediatra Mário Cordeiro e o psicólogo de educação José Morgado têm opiniões distintas face à da psicóloga infantil Inês Afonso Marques. Mário Cordeiro afirma que “se um aperto de mão ou um beijo na face pouco definem o grau de afetos que envolvem os protagonistas (…), um beijo na boca, em qualquer parte do mundo, define uma relação de amantes”. Desta forma, este ato “é dar à criança a ideia de que o interdito (a fantasia incestuosa de poder seduzir e namorar com o progenitor do sexo oposto) é possível, é desviá-lo do caminho saudável da sua própria sexualidade”.

Na opinião do pediatra, o beijo na boca “deve ser reservado aos pais” a, apesar de ser “engraçado e in” não deve ser dado, tendo em conta os riscos da “perturbação da relação pai-filhos”. O psicólogo José Morgado concorda e crê que apesar de ser “uma questão de valores, pode criar confusões relativamente ao que são comportamentos normais de demonstração de afetos”.

Por outro lado, a psicóloga Inês Afonso Marques acredita que, atualmente, “as demonstrações de afeto são mais permitidas entre pais e filhos” e “muitas vezes são as próprias crianças que iniciam esse gesto”. Desta forma, não considera que possa “causar confusão nas crianças desde que seja falado, para que estas consigam discriminar a quem podem dar esse beijo”.

Mário Cordeiro alerta ainda para questões de saúde, “a orofaringe humana é um reservatório muito grande de bactérias e a transmissão de infeções de bactérias que vivem na boca ou na garganta, sem causar doença ao adulto, para a criança é uma realidade”.

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