O internamento “não deve impedir a vivência religiosa do doente”. Foi com base nesta ideia que se criou a assistência religiosa, um serviço de que muitos hospitais dispõem, mas que não é do conhecimento de muitos doentes.
O coordenador nacional dos capelães hospitalares fala mesmo de “bloqueamento” de alguma informação, que deveria ser transmitida aos pacientes.
Em declarações à Rádio Renascença, Fernando Sampaio afirmou que “às vezes, são os doentes que pedem e as informações são bloqueadas. Os doentes perguntam e dizem que não. Graças a Deus, não são muitos os profissionais a fazer isso, mas ainda há quem faça e isso é má prática profissional. Porque a boa prática profissional tem em atenção o doente todo, na sua dimensão física, psicológica, espiritual e existencial”.
Num país onde a maioria da população é católica, a assistência religiosa nos hospitais é, no entender de Fernando Sampaio, algo a que as pessoas têm direito e que não deve precisar de ser exigido. Da mesma forma que os capelães têm "também a obrigação de passar pelos doentes”.