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UGT discute com Vítor Gaspar situação de Portugal e Grécia

O secretário-geral da UGT, Carlos Silva, defendeu numa reunião com o ex-ministro das Finanças Vítor Gaspar, em Washington, que Portugal deve aproveitar qualquer concessão conseguida pela Grécia para renegociar as condições do seu acordo.

UGT discute com Vítor Gaspar situação de Portugal e Grécia
Notícias ao Minuto

07:10 - 11/02/15 por Lusa

País Encontro

"Defendi que, se houver atenuantes aplicadas à Grécia, Portugal deve fazer valer a sua posição e negociar", disse Carlos Silva à agência Lusa, acrescentando que "Vítor Gaspar pareceu concordar com esta ideia."

O encontro, em que participou também o diretor-executivo do Banco Mundial, Nuno Mota Pinto, aconteceu à margem de uma reunião de alto nível com representantes do Fundo Monetário internacional (FMI), do Banco Mundial e sindicatos de todo o mundo.

"Tive oportunidade de partilhar as preocupações que me trazem cá [aos Estados Unidos] e questionar sobre o mais recente relatório do FMI, que critica, entre outras coisas, o aumento do salário mínimo e uma aparente distância entre os dirigentes da organização e o seu representante em Portugal", adiantou Carlos Silva.

Na semana passada, o diretor executivo do FMI para Portugal, Carlo Cottareli, criticou o relatório de avaliação da primeira missão do Fundo Monetário Internacional após o final do programa de resgate, considerando mesmo como "inapropriada" uma menção ao potencial disruptivo no processo de reformas do período eleitoral.

Segundo Carlos Silva, o ex-ministro "não concorda que exista essa diferença" entre Cottarelli, que Gaspar substituiu na direção do Departamento de Assuntos Orçamentais do FMI, e os altos responsáveis da organização em Washington.

Carlos Silva, que foi eleito para líder da UGT apenas em abril de 2013, diz que foi a primeira vez que se encontrou com Vítor Gaspar e que, por isso, os dois falaram do programa de ajustamento de Portugal pela primeira vez.

"Vitor Gaspar está convencido de que, se não tivesse sido o Governo português a gerir as medidas dentro das margens impostas pelo programa, os resultados teriam sido muito piores", disse o dirigente sindical.

Na segunda-feira, o secretário-geral da UGT teve também uma reunião com o embaixador de Portugal nos Estados Unidos, Nuno Brito, na sede da embaixada.

Carlos Silva está em Washington até quinta-feira para participar numa reunião de alto nível com representantes do Fundo Monetário internacional (FMI), do Banco Mundial e de organizações sindicais de todo o Mundo.

No encontro entre representantes mundiais pretendem-se analisar as questões do mercado de trabalho, do crescimento, do emprego e da proteção social.

Carlos Silva fará a sua intervenção na quarta-feira.

Segundo um comunicado da UGT sobre este assunto, o dirigente sindical "fará a denúncia da atuação do FMI em Portugal, designadamente no que se refere às questões das alterações à legislação laboral e dos impactos da excessiva austeridade."

"Carlos Silva questionará a insistência e intransigência em relação às políticas de austeridade e a sua desadequação face aos problemas do país, no primeiro ano em que Portugal se encontra integralmente fora do Programa de Ajustamento Económico e Financeiro", acrescenta a organização sindical.

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