Rosário Teixeira, procurador responsável por conduzir investigação no caso Operação Marquês, respondeu a algumas questões processuais importantes, no âmbito do recurso apresentado pelo ex-primeiro-ministro, nomeadamente, identificando o corruptor de José Sócrates.
Na resposta ao recurso, o magistrado refere que o Grupo Lena foi “o corruptor ativo”, o “agente pagador” do antigo primeiro-ministro. A empresa para a qual trabalhava o amigo Carlos Santos Silva fazia sair das contas pessoais dos administradores avultadas quantias para a conta bancária de Silva, identificado com “agente fiduciário” de Sócrates.
Escreve o DN, que no âmbito do processo, o Ministério Público português requereu à Suíça informações sobre as contas de Santos Silva, mas estas só chegaram a 29 de janeiro. No entanto, como já tinha sido afirmado no momento da detenção, em novembro, o pedido era antigo e a informação só não chegou antes por causa das leis suíças.
Em comunicado, o Grupo Lena já assumiu anteriormente ter pago 3,2 milhões de euros a Carlos Santos Silva, sabendo-se, por intermédio de notícias que foram sendo veiculadas, que era através do amigo de Sócrates que o ex-primeiro-ministro receberia ‘luvas’. Estes valores seriam o pagamento por adjudicação de obras ao grupo empresarial.