Privadas podem formar médicos, mas existe "força de bloqueio"
Pedro Passos Coelho pede mais médicos e aponta o dedo às universidades privadas, instando-as a abrir cursos de Medicina. Estas, como a Universidade Fernando Pessoa, no Porto, alegam que não conseguem devido a obstáculos impostos pela agência que avalia as candidaturas, conta a RTP. A agência, por seu turno, diz que as candidaturas recusadas não cumpriam a lei.
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País Universidades
A Universidade Fernando Pessoa, no Porto, já apresentou cinco candidaturas para abrir um curso de Medicina mas todas foram recusadas pela Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior, a entidade que regula e avalia as candidaturas.
Em declarações à RTP, Salvato Trigo, da Universidade Fernando Pessoa, afirmou que não quer o caminho facilitado mas também não aprova que “criem à Universidade Fernando Pessoa obstáculos que não são efetivamente dignos de uma agência que, em princípio, como agência de acreditação e de avaliação, deveria preocupar-se em verificar o histórico da instituição”.
O responsável fala da agência como uma “força de bloqueio” à abertura do curso, numa altura em que o próprio primeiro-ministro fala em falta de médicos e desafia os privados a abrir cursos de Medicina.
Por seu turno, Alberto Amaral, da Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior, refere que, no caso da Universidade Fernando Pessoa, até agora nenhuma das candidaturas cumpria a lei.
“Não surgiu uma proposta de Medicina que satisfizesse as condições mínimas para ser aprovada”, adiantou, referindo-se, por exemplo, a um corpo docente qualificado, à existência de um hospital e centros de saúde onde o ensino possa ser feito e de uma investigação significativa nas áreas de suporte à Medicina.
“Hospital-escola chama-se escola porque é um hospital de recobro, portanto não tem as condições adequadas para o ensino da Medicina”, sublinhou.
A Universidade Fernando Pessoa apresenta este ano a sexta candidatura para ter o curso de Medicina.
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