"Garcia de Orta deixa a sensação de 'casa roubada, trancas à porta'"
Luís Marques Mendes fez este sábado referência, no seu espaço de comentário semanal, à situação que envolve o Hospital Garcia de Orta, em Almada. Para o comentador ?houve falhas de planeamento e previsão? e sublinha que ?foi preciso que um conjunto de clínicos abandonasse funções para que a administração viesse a seguir anunciar um conjunto de medidas?.
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País Marques Mendes
“Houve falhas de planeamento e previsão. Fica a sensação de ‘casa roubada, trancas à porta’ - esta semana confirmou-se isso. Foi preciso que um conjunto de clínicos abandonasse funções para que a administração viesse a seguir anunciar um conjunto de medidas”, afirmou Luís Marques Mendes este sábado, sobre a situação que envolve o Hospital Garcia de Orta, em Almada.
Recorde-se que, a 26 de janeiro, sete chefes da equipa do serviço de urgência do Garcia de Orta apresentaram demissão, justificando a decisão com a degradação das condições de trabalho e também com a excessiva lotação de doentes internados.
Um dia depois, Paulo Macedo, ministro da Saúde, adiantou que o Garcia de Orta precisava de, em primeiro lugar, “resolver os casos sociais, ou seja as pessoas que não têm indicação clínica para estar a ocupar camas” e depois “resolver o caso dos doentes que têm indicação clínica para cuidados continuados e não para permanecerem nos hospitais”.
“A possibilidade de resolver esta situação, entre hoje e o princípio da próxima semana, e também se for necessário, far-se-á o desvio de doentes para outros hospitais”, afirmou o mesmo responsável, no final de uma visita ao Hospital de São João, no Porto.
O líder do PSD, no entanto, mostra desconfiança quanto à escolha da administração dos hospitais.
“Vim a saber esta semana a saber, em conversa casual com um dirigente regional de saúde, que em outubro e novembro, o Ministro da Saúde escreveu às administrações regionais de saúde a alertar para o surto de gripe e perguntar se estava tudo controlado. Significa que provavelmente em alguns hospitais ou administrações regionais há alguns gestores que não são tão competentes quanto isso”, afirmou Marques Mendes.
“É preciso muito cuidado na escolha dos gestores hospitalares, é preciso conciliar competência e sensibilidade, pois às tantas não são tão competentes e sensíveis como o país precisa”, rematou.
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