Avaliação de centros Investigação e Desenvolvimento contestada
A Associação Portuguesa de Sociologia considera que o processo de avaliação dos centros de Investigação e Desenvolvimento deve ser contestado por falta de transparência e acusa a Fundação para a Ciência e Tecnologia de desestruturar o sistema científico nacional.
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País Comunicado
Em comunicado enviado às redações, a Direção da Associação Portuguesa de Sociologia (APS) dá a conhecer as conclusões de uma reunião que juntou, no passado dia 27 de janeiro, os centros de investigação e desenvolvimento (I&D) em que a sociologia surge como área científica relevante.
Os signatários do documento -- todos os presentes na reunião -, consideram que o "recente processo de avaliação dos centros de I&D deve ser contestado em várias instâncias pela falta de transparência que lhe esteve subjacente".
Prova disso é a "sistemática disparidade entre a avaliação científica e o financiamento atribuído", bem como a divulgação da fórmula desse financiamento só depois da publicação dos resultados.
Na opinião dos signatários, a política de I&D seguida pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia "tem conduzido a uma sistemática desestruturação do sistema científico nacional", pela falta de financiamento e pela ausência de renovação, já que as novas gerações de cientistas têm cada vez manos oportunidades de bolsas, projetos ou contratos.
Os responsáveis protestam ainda contra o acentuar das desigualdades de financiamento entre as ciências sociais e as outras áreas do conhecimento e lamentam a "ausência de condições" para uma convergência, em termos de funcionamento institucional e de desenvolvimento científico, das várias áreas de conhecimento e dentro da própria sociologia.
Para maio está prevista uma Assembleia Magna de Cientistas, oriundos das mais diferentes áreas e associações profissionais, com vista a debater o futuro das políticas públicas para a ciência em Portugal.
Nesta reunião participaram diversos centros de estudos, da Universidade Aberta, do Instituto Universitário de Lisboa, da Nova e das universidades de Lisboa, Coimbra, Minho, Évora, Açores, Porto e Instituto Politécnico de Leiria.
Estiveram também presentes no encontro, para além da direção, o Conselho Consultivo e de Deontologia da APS, constituído, entre outros, pelas investigadoras Ana Nunes de Almeida e Anália Torres, bem como por Augusto Santos Silva, Carlos Fortuna e João Ferreira de Almeida.
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