"Dá jeito ter bodes expiatórios. A maçonaria é um deles"
Na primeira entrevista após ter sido reeleito como líder do Grande Oriente Lusitano, Fernando Lima fala ao Diário de Notícias sobre política, sobre o mundo, mas também sobre o caso específico de Miguel Relvas. Sobre os maçons, é claro em considerar que “dá jeito nas sociedades angustiadas arranjar bodes expiatórios, e a maçonaria é um deles”.
© Grande Oriente Lusitano
País Fernando Lima
Fernando Lima é grão-mestre da maçonaria e líder da GOL, uma das mais importantes lojas maçónicas em Portugal. Assume, aos 64 anos, que “ser maçon é uma honra” e que, por isso, “não há nenhuma razão para que os maçons não se assumam”. Porém, falando sobre uma iniciativa legislativa que queria passar a obrigar os parlamentares a declararem-se, diz que “quando se quer que as pessoas se assumam está a ser-se antidemocrático”.
Sobre como é vista a maçonaria, Lima não esquece a perseguição de que foram alvo os maçons, e por essa razão lembra que, muitas vezes, “dá jeito nas sociedades angustiadas arranjar bodes expiatórios, e a maçonaria é um deles”. Porém, não esconde uma realidade 'negra' dentro da organização que lidera: “haverá sempre quem se inscreva na maçonaria por carreirismo ou oportunismo”.
Comentando o estado do país, o líder do Grande Oriente Lusitano diz que a “austeridade é um austericídio”, por isso defende, como diz sempre ter defendido, que “a política deve seguir o interesse dos homens”.
Por fim, falando sobre o caso Miguel Relvas, alegado maçon, considera Fernando Lima contado pela imprensa de que estaria a proteger o antigo governante de uma expulsão foi, apenas, “politiquice”.
“Foi a invenção de uma conspiração. Era tudo fantasia. Na questão do Dr. Miguel Relvas (nunca disse que ele era maçon nem tenho de dizer), mas aquilo era politiquice. No GOL nós não temos de nos meter nessa situação. Não estou ali para julgar politicamente as pessoas”, conclui.
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