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Reclusos vivem atrás das grades, com o Facebook na mão

O Jornal de Notícias dá destaque este domingo a um trabalho que reporta o uso de smartphones nas prisões portuguesas. Escreve o diário que muitos presos têm acesso à internet e inclusivamente promovem-se através das suas páginas no Facebook.

Reclusos vivem atrás das grades, com o Facebook na mão
Notícias ao Minuto

08:30 - 25/01/15 por Notícias Ao Minuto

País Smartphones

Há dezenas de reclusos portugueses que estão a usar os seus telemóveis para mostrar a vida na cadeia. Aproveitam a falta de elementos fiscalizadores e usam os smartphones para tirar fotos que publicam nas redes sociais, dá conta o Jornal de Notícias.

Este comportamento é proibido nas cadeias, mas há no Facebook páginas de reclusos, alguns a cumprir penas de longa duração por crimes considerados graves, que publicam nesta plataforma fotografias das suas celas, mas também nos corredores, no pátio do recreio ou em salas comuns.

A maioria das imagens apresenta os reclusos em momentos de lazer, a fumar drogas leves ou simplesmente a mostrar os seus dotes físicos. Estas publicações são comentadas por amigos e familiares no exterior.

O Jornal de Notícias exemplifica com o caso de um homicida condenado a 17 anos de prisão por um crime cometido ainda com 18 anos. Na rede social Facebook terá escrito “aconteça o que acontecer eu estou aqui firme”, respondendo a um amigo. As fotos são publicadas, podem ser vistas por qualquer um, e estas em particular foram tiradas na cadeia de Custóias, no Porto.

Há também o caso de um outro recluso, condenado no âmbito do processo Noite Branca a 21 anos de prisão, que mantém ativo um perfil alimentado com fotos na prisão.

O sindicato da Guarda Prisional diz estar atento a estas situações, mas diz serem difíceis de ‘combater’ porque faltam efetivos e os smartphones proliferam.

Um dos presos chegou a ser entrevistado, em direto, por um programa televisivo, mas os guardas revistaram automaticamente a cela após terem reconhecido a voz. “ Reconhecemos a voz e a cela foi logo revistada. Além do smartphone, até um hotspot tinha”, contou Jorge Alves, do Sindicato Nacional da Guarda Prisional ao mesmo jornal.

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