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Só com mais condições e dinheiro médicos irão para as urgências

A Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI) defendeu hoje que é necessário criar melhores condições de trabalho e de remuneração para atrair médicos às urgências dos hospitais, sendo urgente também diminuir as restrições na contratação de profissionais.

Só com mais condições e dinheiro médicos irão para as urgências
Notícias ao Minuto

19:02 - 30/12/14 por Lusa

País SPMI

Em comunicado, a SPMI (através do seu Núcleo de Estudos de Urgência e do Doente Agudo) considera que essas restrições levaram a que alguns hospitais não consigam manter um número de clínicos adequado ao funcionamento dos serviços de urgência.

Na última semana alguns doentes tiveram grandes esperas nas urgências de hospitais, que chegaram a 20 horas no Hospital Fernando Fonseca (Amadora Sintra), instituição que para o período festivo de final de ano já assegurou seis médicos (até dia 05) para a urgência.

Depois das dificuldades de acesso na noite de 25 para 26, provocadas pela falta de médicos e por um significativo aumento do número de doentes, o hospital foi autorizado a contratar sete profissionais em contrato individual de trabalho e dez médicos em regime de prestação de serviços.

Maria da Luz Brazão, da SPMI diz, citada no comunicado, que os médicos que trabalham nas urgências "têm que ser valorizados", porque o trabalho é de grande pressão e exige destreza, sistematização de atitudes e deteção rápida de problemas graves.

"É necessário raciocinar e diagnosticar com grande rapidez e eficácia, com o risco de erro sempre eminente. Se as condições de trabalho não forem melhoradas, especialmente no que diz respeito à remuneração, dificilmente conseguiremos atrair mais médicos para esta atividade assistencial que precisa, claramente, de mais e melhores profissionais", diz a responsável no documento.

A Medicina Interna é a especialidade nuclear das urgências, onde assume a assistência direta ao doente e tem um papel de coordenação das outras especialidades médicas, diz-se também no comunicado.

No dia 18 o ministro da Saúde enalteceu o papel dos médicos de medicina interna no sistema nacional de saúde, considerando a especialidade como uma em que se deve de fazer "uma aposta clara" em vagas e em formação.

Paulo Macedo falava na sessão de inauguração do novo centro de formação da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI), criado a pensar nos 902 internos em formação atualmente.

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