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Comissões de utentes pedem mais médicos para o Amadora-Sintra

As comissões de utentes de saúde da Amadora e de Sintra reclamaram hoje a contratação de médicos para ultrapassar a demora nas urgências do Hospital Fernando Fonseca e uma nova unidade pública em Sintra.

Comissões de utentes pedem mais médicos para o Amadora-Sintra
Notícias ao Minuto

16:40 - 29/12/14 por Lusa

País Hospital

"Tempos de espera na ordem das 24 horas nas urgências, a que acresce a falta de camas para internamento, colocam em risco a vida dos utentes", criticam, em comunicado a que a Lusa teve acesso, as comissões de utentes de saúde dos concelhos de Amadora e Sintra.

A "iminente rutura dos serviços de urgência e o colapso do SO [serviço de observação]"deve-se "à falta de profissionais de saúde nesta unidade hospitalar e reflete o cenário" apontado há muito pelas comissões de utentes, que colocam em perigo a prestação de serviços no Hospital Fernando Fonseca (Amadora-Sintra), lê-se no documento.

Os representantes dos utentes alertaram que, em períodos de maior necessidade de cuidados de saúde, como o inverno e na época de Natal e Ano Novo, "a insuficiência de meios humanos e materiais no hospital revela-se muito gravosa para os utentes".

"Situação mais escandalosa ainda quando responsáveis da Administração Regional de Saúde assumem que os cuidados de saúde estão nas mãos de empresas de trabalho temporário e não de médicos, enfermeiros e auxiliares dos quadros", salienta-se no comunicado.

A "política do Governo e do Ministério da Saúde" de encerramento de centros de saúde e unidades de saúde familiar, em permanência ou apenas aos fins de semana e feriados, "agudiza a situação precária em que o hospital tem de responder aos cerca de 650 mil utentes dos dois concelhos", observam as comissões de utentes.

"O hospital de Amadora-Sintra abrange uma área de intervenção demasiado extensa, situação que acarreta consequências dramáticas ao nível da celeridade na prestação dos seus serviços, sendo constantes as situações de sobrelotação", nota o comunicado, acrescentando que "as perspetivas para 2015 são de maior agravamento" da situação.

Perante o "grave atentado aos direitos das populações", as comissões de utentes dos dois concelhos abrangidos pelo Amadora-Sintra vão continuar a "defender um Serviço Nacional de Saúde universal e gratuito" e "a criação e melhoria dos centros de saúde e unidades de saúde familiar que garantam a prestação dos cuidados de saúde primária".

"O financiamento indispensável para que o Hospital Fernando Fonseca cumpra a missão para que foi criado, com mais profissionais ao serviço e a construção de um hospital público no concelho de Sintra, que permita descongestionar" esta unidade, são outras das exigências das comissões de utentes.

O tempo de espera nas urgências do hospital Amadora-Sintra normalizou nas últimas horas, depois de ter chegado a ser de 22 horas, entre 25 e 27 de dezembro, de acordo com um porta-voz da unidade hospitalar.

A Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo informou hoje, em comunicado, ter solicitado aos centros hospitalares de Lisboa para evitarem "a transferência de doentes para o Hospital Fernando Fonseca" e que vai negociar com "empresas de prestação de serviços para garantir a disponibilidade de mais profissionais de saúde" no Amadora-Sintra.

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