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"Sanções serão graves para quem desobedeça a requisição civil"

Ao ‘Jornal da Noite’ na SIC, António Pires de Lima destacou que o Governo mantém “abertura” para negociar com os sindicatos, “desde que não esteja como ponto prévio a suspensão desta privatização”. A TAP foi o tema central da entrevista do ministro da Economia, que alertou para as “sanções graves” que serão aplicadas aos trabalhadores que não cumpram a requisição civil anunciada esta quinta-feira em Conselho de Ministros.

"Sanções serão graves para quem desobedeça a requisição civil"
Notícias ao Minuto

20:31 - 18/12/14 por Notícias Ao Minuto

País Pires de Lima

Em entrevista ao ‘Jornal da Noite’ da SIC, Pires de Lima defendeu a “posição de força” do Governo face à greve anunciada pela TAP. Para o ministro da Economia, o Executivo acredita que “greve põe em causa o interesse público”, uma vez que foi anunciada antes de ter sido “definido o caderno de encargos da privatização”.

“O Governo mostrou abertura para negociar e somos confrontados com esta decisão unilateral por parte dos sindicatos e que condiciona muitíssimo a utilização pública de uma transportadora aérea”, defendeu o governante, que destacou ainda que “não passaria pelo espirito de ninguém, que queira cumprir bem as suas funções, que o Governo se sentasse numa mesa de reuniões perante a chantagem da greve”.

Para Pires de Lima, “há ligações essenciais que devem ser mantidas”, mas o ministro admitiu que “a reação do Governo provavelmente seria diferente se não fosse época natalícia”.

O chefe da pasta de Economia disse estar “convicto de que a requisição civil será cumprida”, mas deixou o alerta: “as sanções serão graves para quem a desobedeça”.

“Sabemos o que se passou há 17 anos com uma requisição feita por um governo socialista. Este mecanismo foi pedido, curiosamente, por dois governantes socialistas [Mário Soares, em 77, e António Guterres, em 97] e o que lhe posso dizer é que recaem responsabilidades até de índole criminal sobre os trabalhadores que não cumprirem” a requisição anunciada hoje após o Conselho de Ministros, sublinhou.

Sobre a requisição feita em 1997, Pires de Lima não se mostrou preocupado com a possível repetição do episódio dos atestados médicos apresentados por muitos dos funcionários da TAP. “Não tenho que ter receio dos atestados. Estamos a falar da honra da classe médica. Não acredito que, em 2014, haja um médico capaz de desonrar o seu nome e passar atestados médicos falsos”.

“Acredito que a TAP tenha um funcionamento próximo daquilo que é normal apesar da greve”, disse, aproveitando o momento para “fazer um apelo e mostrar abertura aos sindicatos”.

O governante voltou a afirmar que o Governo mantém aberto para negociar com os sindicatos, mas “desde que não esteja como ponto prévio a suspensão desta privatização”.

“A privatização prevê que o Estado se mantenha acionista com uma posição de 34% e só uma TAP privatizada tem condições para servir melhor”, defendeu.

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