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Autarca lisboeta diz que Mercado do Rato continua ativo

O presidente da Junta de Santo António, em Lisboa, esclareceu hoje que o Mercado do Rato continua aberto e com vários vendedores, acusando a Câmara, que ali pretende construir um parque de estacionamento, de transmitir "má informação".

Autarca lisboeta diz que Mercado do Rato continua ativo
Notícias ao Minuto

07:29 - 18/12/14 por Lusa

País Lisboa

"Neste momento, existe um senhor que vende bacalhau, dois restaurantes, uma senhora que vende roupa, umas senhoras que vendem fruta e legumes aos restaurantes da freguesia, uma padaria e uma cooperativa", especificou Vasco Morgado.

O espaço, situado na Rua Alexandre Herculano, perpendicular à Avenida da Liberdade, deverá ser transformado num parque de estacionamento, construído e explorado pela Empresa de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa (EMEL), segundo a proposta aprovada hoje em reunião camarária.

Após o encontro, o comunista Carlos Moura disse à agência Lusa que votou favoravelmente porque o mercado "já está desativado".

Mas a informação foi depois clarificada pelo presidente da Junta de Freguesia de Santo António, Vasco Morgado: "Não sei porque dizem que aquilo está desativado se continua a ter serviços (...). "Deve ser má informação dos serviços da Câmara, que passam a coisa sem saber".

Confrontado com as declarações, o comunista Carlos Moura referiu que a informação lhe havia sido passada pelo vereador do Urbanismo que assina a proposta, Manuel Salgado, após questões levantadas pelo PCP durante a reunião, e que, "assim, a situação fica mais complicada", por causa dos trabalhadores.

A agência Lusa tentou, por diferentes meios, contactar a assessoria da Câmara de Lisboa, mas ainda não obteve resposta.

A situação dos comerciantes também preocupa o presidente da Junta: "Estamos a falar da vida das pessoas, alguns deles estão lá há mais de 20 anos, não se pode deitar à rua anos de trabalho, só porque sim".

Segundo Vasco Morgado, "não houve da parte da Câmara nenhuma tentativa negocial" e "terão que haver, obrigatoriamente, indeminizações para os vendedores".

A proposta para a construção do parque implica a cedência gratuita de um direito de superfície municipal à EMEL, avaliado em 1.083.600 euros, e foi aprovada com votos contra do PSD e do CDS-PP e votos favoráveis do PCP, do PS e do movimento Cidadãos por Lisboa (eleitos nas listas socialistas).

De acordo com o documento, a que a Lusa teve acesso, o parque terá "310 lugares de estacionamento -- antevendo 100 lugares destinados a assinaturas de 24 horas e noturnas, essencialmente para residentes, comerciantes locais e público".

A infraestrutura é contestada por esta autarquia, que pretendia requalificar todo o mercado e transformá-lo num espaço "mais virado para a família", com uma "uma zona infantil onde as pessoas poderiam colocar os miúdos, enquanto assistiriam a espetáculos e a exposições", apostando também em "lançar [ali] novos artistas e microempresas", indicou Vasco Morgado.

O parque de estacionamento obrigará ainda ao reposicionamento do posto de limpeza urbana ali existente, que ficará naquele mesmo local.

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