A Policia Judiciária fez ontem buscas na sede e nas instalações informáticas do Banco Espírito Santo (BES), bem como nas casas e escritórios dos seus ex-administradores. No seguimento da investigação, avança o Público, foram constituídos arguidos vários diretores do Novo Banco, alguns dos quais transitados do BES.
Além disso, foram ainda apreendidos cinco milhões de documentos que estavam nas instalações informáticas do Novo Banco, no Tagus Park. São estes documentos que permitirão analisar as suspeitas que recaem sobre gestores e altos quadros.
O Público indica que o mandado de buscas do Tribunal Central de Instrução Criminal, assinado pelo juiz Carlos Alexandre, se dirigiu não apenas ao edifício onde funcionava o antigo BES como à sede e às instalações informáticas do banco que ficou com os ativos bons da instituição liderada por Ricardo Salgado.
O Ministério Público está a investigar indícios de um eventual esquema de financiamento e ocultação de dívida do Grupo Espírito Santo (GES) e suspeitas de recurso a um saco azul, o ES Enterprise, usado para pagamentos não documentados dentro do grupo.
A compra à ESCOM de cerca de 30% das três Torres de Luanda em construção – e posterior revenda –, assim como a dívida do universo empresarial do presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, ao BES estão também sob análise.
[Notícia atualizada às 15h02]