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Duplo homicida de Loures e Oeiras conhece hoje acórdão

O homem acusado de matar duas pessoas em Loures e Oeiras em 2008 conhece hoje o acórdão no Tribunal de Comarca Lisboa Norte, em Loures, depois de o Ministério Público pedir 25 anos de prisão.

Duplo homicida de Loures e Oeiras conhece hoje acórdão
Notícias ao Minuto

06:52 - 28/11/14 por Lusa

País Tribunais

Paulo Jorge Almeida, hoje com 36 anos, entregou-se voluntariamente às autoridades em novembro de 2013 para confessar os crimes, estando em prisão preventiva desde então.

O arguido terá matado Alexandra Neno no estacionamento junto ao condomínio onde a mulher vivia, na urbanização Real Forte, em Sacavém, concelho de Loures, no dia 29 de fevereiro de 2008. Será também o presumível autor da morte do jovem Diogo Ferreira, no parque de estacionamento de um centro comercial de Oeiras, já na madrugada de 01 de março.

Nas alegações finais, que decorreram a 06 de novembro, a procuradora do Ministério Público (MP) pediu pena máxima para o autor confesso do duplo homicídio, considerando que os crimes cometidos "conscientemente" demonstram "uma monstruosidade impar".

"Em primeiro interrogatório judicial disse que fez o que está na acusação. Em julgamento teve uma postura completamente diferente, tentando uma vitimização e desculpabilização total e completa. Se quisesse suicidar-se tê-lo-ia feito. Ter uma arma dava-lhe adrenalina, como disse ao juiz de instrução criminal", alegou a procuradora Maria da Luz Martins.

Na primeira sessão do julgamento, a 17 de setembro, o homem negou a intenção de matar, dizendo que quando saiu de casa armado o seu objetivo era suicidar-se.

O arguido explicou ao tribunal que abordou Alexandra Neno apenas para "conversar", no momento em que a vítima estava ao telemóvel à entrada da garagem, enquanto ao juiz de instrução criminal assumiu que apontou a arma e lhe pediu o telemóvel.

NO caso da morte de Diogo Ferreira, no parque de estacionamento do centro comercial Oeiras Parque, o homem disse ao coletivo de juízes que, ao ser avistado pela vítima e por um amigo deste, quando tentava "danificar" exteriormente a viatura do seu chefe "por vingança", efetuou um disparo para o ar.

O advogado do arguido defendeu, por seu lado, uma pena inferior aos 25 anos, alegando imputabilidade diminuída do seu constituinte, o qual, indicou, é "doente mental" e necessita de tratamento.

O arguido responde ainda por tentativa de homicídio, por disparar sobre um automobilista na zona das Amoreiras, em Lisboa.

Paulo Jorge Almeida está acusado pelo MP de três homicídios qualificados, um na forma tentada, de um crime de roubo e outro de furto, ambos na forma tentada, e de um crime de detenção de arma proibida.

A leitura do acórdão está agendada para as 11:00.

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