Ida do diretor do SIS ao Parlamento é "indispensável"
O PCP considerou hoje que a audição com o órgão fiscalizador das "secretas" reforçou a necessidade de ser chamado ao parlamento o diretor do SIS, Horário Pinto, que esteve diretamente envolvido numa controversa operação de "limpeza eletrónica".
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País PCP
Esta posição foi transmitida aos jornalistas pelo deputado comunista António Filipe no final de uma reunião da Comissão de Assuntos Constitucionais com o Conselho de Fiscalização do Sistema de Informações da República Portuguesa (CFSIRP).
Durante três horas, à porta fechada, foi analisado o caso de elementos da PJ terem observado agentes do SIS, entre eles o próprio Horácio Pinto, a efetuarem uma operação de "limpeza eletrónica" no gabinete do presidente do Instituto de Registos e Notariado (IRN), António Figueiredo, que já nessa altura se encontrava a ser investigado e que está atualmente preso preventivamente no âmbito do caso relacionado com a concessão de 'vistos gold'.
"Depois desta reunião, o PCP continua a considerar que se justifica a audição com o diretor do SIS. Decidiu-se já - e bem - ouvir o secretário-geral do SIRP, Júlio Pereira, mas a comissão rejeitou por maioria a audição com o diretor do SIS" proposta pelo PCP, apontou António Filipe.
Na sequência da reunião com os membros do Conselho de Fiscalização das "secretas", e embora sem revelar o conteúdo dessa mesma reunião, António Filipe disse que se "reforçou a convicção sobre a indispensabilidade da Comissão de Assuntos Constitucionais realizar uma audição com o diretor do SIS".
"O diretor do SIS esteve envolvido na atuação que constituiu o objeto desta reunião. [Horácio Pinto] cessa o seu mandato a 20 de dezembro, mas essa atuação foi ele que a fez e não, obviamente, o seu sucessor. Ainda que tivesse cessado o seu mandato, foi ele, Horácio Pinto, que praticou estes atos sobre apreciação, sendo a única pessoa que pode responder sobre eles", acrescentou.
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