No seu espaço de comentário semanal no Jornal da Noite da SIC, Miguel Sousa Tavares defendeu que a prisão preventiva de José Sócrates, que pode ser de quatro anos, é a “medida de coação mais excessiva”.
Para o comentador a decisão de colocar o ex-primeiro-ministro em prisão é só uma: “conhecendo-o como conheço, se ele viesse cá para fora não ia cumprir o segredo de justiça. Ia contra atacar como o animal feroz que é”.
Sousa Tavares lembrou que foram levantadas três hipóteses para a detenção “perigo de fuga, continuação da atividade criminal ou perturbação do inquérito”, tendo esta última sido apontada como a hipótese mais forte, algo que para o comentador não faz sentido.
Por fim, disse desejar que “a justiça se mantenha serena” e que não caía “na tentação do popularucho” e defendeu que a violação do segredo de justiça a que se está a assistir “é inadmissível porque se está a permitir o julgamento popular”.