José Sócrates, a mais mediática figura do processo, por ter sido primeiro-ministro, ficou com medida de coação de prisão preventiva, depois de sexta-feira ter sido detido quando chegava ao aeroporto de Lisboa, vindo de Paris.
A decisão foi comunicada à saída do tribunal, pelo seu advogado, João Araújo, que considera a decisão "profundamente injusta e injustificada" e admite "interpor recurso". Esta era a medida de coação mais pesada que podia ser aplicada ao ex-primeiro-ministro.
O juiz de instrução criminal Carlos Alexandre decretou as seguintes medidas de coação, comunicada pela escrivã Maria Teresa Santos, aos restantes arguidos da Operação Marquês:
Carlos Santos Silva (amigo de Sócrates e empresário), defendido por Paula Lourenço, fica em prisão preventiva por fraude fiscal qualificada, branqueamento de capitais e corrupção.
Gonçalo Ferreira (advogado), sai em liberdade, proibido de contactar com os demais arguidos, de se ausentar para o estrangeiro - tem de entregar o passaporte - e obrigado a apresentar-se bissemanalmente no DCIAP, por fraude fiscal qualificada e branqueamento de capitais.
João Perna (motorista do ex-primeiro-ministro), representado por Daniel Bento Alves, segundo o Expresso, um advogado ligado ao escritório de Proença de Carvalho, fica em prisão preventiva, por fraude fiscal qualificada, branqueamento de capitais e posse de arma proibida.
Relembre-se que a Operação Marquês investiga alegadas práticas de corrupção, branqueamento capitais, falsificação de documentos e fraude fiscal agravada.
[Notícia atualizada às 22h49]
