João Perna trabalhou para José Sócrates como motorista, mas de acordo com o Diário de Notícias, o homem que agora está detido não se limitava a transportar o ex-primeiro-ministro pelas estradas portuguesas.
A mesma publicação refere que João Perna era o correio do dinheiro entre Sócrates e o seu melhor amigo, pois Carlos Santos Silva funcionava como uma espécie de banqueiro particular do ex-primeiro-ministro. Sempre que o ex-governante precisava de dinheiro, o empresário enviava as quantias monetárias suficientes através do motorista.
Os investigadores do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) acompanharam durante vários meses os movimentos de João Perna. Esta vigilância apertada somada às escutas telefónicas e aos registos bancários permitiram às autoridades deter José Sócrates, João Perna, Carlos Santos Silva e Gonçalo Trindade Ferreira.
Em causa estão crimes de branqueamento de capitais, corrupção e fraude fiscal.